Snowboard Brasil: rumo a Milão-Cortina 2026 com resultado histórico e promessas
A 50 dias dos Jogos Olímpicos de Inverno, modalidade pode ter dois brasileiros classificados e já revela novos talentos

Lintao Zhang/Getty Images
A 50 dias dos Jogos Milão-Cortina 2026, o snowboard brasileiro tem muito o que celebrar. A modalidade é responsável pelo melhor resultado do país em uma edição de Jogos Olímpicos de Inverno, a nona colocação de Isabel Clark em Turim 2006, na prova de cross. Além da histórica colocação da atleta carioca nos Alpes, foi também do snowboard que veio a primeira medalha do Brasil em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, o bronze de Zion Bethônico, em Gangwon 2024, também no cross. Às vésperas de mais uma edição de Jogos de Inverno, o país conta com dois atletas na zona de classificação para o evento e já trabalha com uma nova geração para o próximo ciclo.
Destaque também para a história escrita por Pat Burgener logo na sua primeira competição representando o Brasil: o quarto lugar halfpipe em Secret Garden (China), em dezembro, foi o melhor resultado do país em uma etapa da Copa do Mundo da modalidade.
“Terminar na quarta colocação aqui em Secret Garden foi incrível, obrigado ao Brasil pela torcida. Vamos seguir juntos, pressionando cada vez mais para fazer desta uma temporada inesquecível”, vibrou o snowboarder após o resultado.
Além de Pat, Augustinho Teixeira terminou a etapa na 22ª colocação do ranking e segue na zona de classificação para Milão – que leva 30 atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno. A corrida por um lugar em Milão-Cortina ainda conta com Luca Merimee Mantovani e Noah Bethonico. No entanto, eles precisam de um top 30 em Copa do Mundo para ficarem elegíveis à vaga e no momento estão atrás dos atletas que fecham o ranking pré-olímpico. Mas se Pat e Augustinho são nomes fortes para os próximos 50 dias, o snowboard brasileiro mostra consistência para o futuro, com nomes que devem manter o país competitivo no próximo ciclo. Confira abaixo alguns deles:
Daniel Krajewski
Com 14 anos, é o caçula da equipe brasileira de snowboard. Filho de mãe brasileira, mora nos EUA, onde aprendeu a modalidade. Passou a competir pelo Brasil nesta temporada, mas ainda não tem idade para participar do circuito da Copa do Mundo. Sua disciplina é o slopestyle e esteve presente pela primeira vez com as cores do Brasil na prova FIS em Landgraaf, nos Países Baixos, em outubro deste ano.
Priscila Cid
Com 15 anos, é praticante do halfpipe (o mesmo de Augustinho e Pat Burgener). Os pais são brasileiros, mas ela nasceu nos Estados Unidos, onde descobriu o snowboard. Estreou na temporada passada (2024/2025) e, nesta temporada, pode competir no circuito internacional da Copa do Mundo após atingir a idade mínima. Estará presente em duas etapas nos EUA (Copper, que termina amanhã, 19 de dezembro, e Aspen, de 7 a 10 de janeiro). É difícil, mas surpreender na busca pela vaga Olímpica já em Milão-Cortina 2026.
Lívia Schuler
Aos 18 anos, Lívia Schuler compete no snowboard cross. Ela é filha de Sergio Schuler e sobrinha de Evelyn Schuler, atletas de esqui alpino presentes na primeira participação dos Jogos Olímpicos de Inverno (Albertville 1992). Lívia começou a competir na temporada passada (2024/2025) e segue disputando provas júnior (no cross o auge físico é depois dos 25 anos). Também compete no wakeboard. Atualmente mora na Suíça.
João Teixeira
Irmão mais novo de Augustinho Teixeira, João tem 18 anos e compete no snowboard halfpipe. Começou no esporte justamente por ver o irmão mais velho praticar. Esteve presente nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024 e, na última temporada, obteve um top 30 no Mundial adulto. Ainda pode se credenciar à vaga já nesta edição em Milão-Cortina 2026, e tem tudo para ser um nome forte em 2030.
Zion Bethonico
Com 19 anos (fará 20 em 28 de janeiro), Zion ganhou nossa primeira medalha em um evento Olímpico de inverno com o bronze no cross nos Jogos da Juventude Gangwon 2024. Ele também compete ao lado do irmão, Noah, mas decidiu tirar um ano sabático nesta temporada para se dedicar à faculdade. Mesmo com auge físico no cross sendo bem mais velho, ele surge como bom nome para 2030.












